terça-feira, 18 de outubro de 2011

Décimo Primeiro dia – La Paz – Puno – 280Km

Acordei com um mal estar tremendo, nunca me senti tão mal em toda minha vida, minha cabeça latejava, meu estomago doía, estava enjoado, com a boca seca, não conseguia nem respirar direito. Levantava da cama e andava 2 metros parecia que tinha corrido a São Silvestre. Desci na recepção e quando a recepcionista olhou para minha cara estalou os olhos e disse vamos à farmácia (eu não devia estar com uma aparência muito boa), chegando na farmácia a farmacêutica disse que eu estava com o mal da montanha ( doença que dá quando não esta acostumado com a altitude) ela me deu um comprimido de coca ( feito da folha de coca) e mandou eu colocar embaixo da língua, eita bagulho ruim e ainda por cima não resolveu nada...voltei para o hotel e o Vinicius e o Wanderley já haviam chegado com o bendito pinhão e queriam ir embora. Bom, falei como estava me sentindo e pedi 1 hora para ver se me melhorava, não melhorou e decidi seguir viagem assim mesmo pois estávamos com o roteiro atrasado por causa do problema na moto. Para vocês terem uma idéia como eu estava, quem arrumou as minhas malas, desceu elas, colocou na moto, tirou a moto da garagem e colocou na rua foram eles, eu só subi na moto com muita dificuldade e peguei a estrada. Paramos para abastecer e fui a passos lentos na farmácia onde a mina me deu um comprimido que tinha umas montanhas desenhadas na caixa. Depois de uns 100km e 3 paradas para eu tomar água eu comecei a melhorar (não sei se por causa do remédio ou da altitude que estava diminuindo) Para chegar em Puno atravessamos as motos em uma espécie de balsa e quando chegamos do outro lado e andamos cerca de 30km encontramos a estrada fechada por manifestantes, tentamos furar o bloqueio mas não conseguimos, nos informaram que havia um desvio pela terra, 40km de terra +/- . Pegamos esse desvio e após os 40km tinha uma placa de bem vindos ao Peru e uma corrente da pista. Paramos e saíram dois guardas que nos atenderam com muita educação e nos informou que existia uma aduana a uns 15km dali onde poderíamos fazer todos os tramites. Fomos até lá e quando chegamos a policia aduaneira peruana pediu para encostarmos as motos e entregasse os documentos, solicitou uns documentos a mais que não tínhamos (pois não é necessário) e disse que podia nos aplicar uma multa de cerca de R$ 400,00 por moto mas que não ia fazer se colabora$$emos com ele. Tentamos argumentar e enquanto isso ele estava com os documentos na mão e viu que não tínhamos dado entrada no Peru e disse que estávamos ilegais no pais e que poderíamos ser presos. Falei que estava fazendo essa viagem com o objetivo de fazer uma reportagem para uma emissora de TV do Brasil e que não seria legal todos saberem de como os brasileiros eram tratados na fronteira do Peru, ele pensou um pouco e permitiu que fossemos até a Bolivia (100 metros a frente) fazer a saída e depois a entrada no Peru e que depois voltássemos a conversar. Fizemos a saída e a entrada e quando passamos na frente deles novamente nem olhei para o lado e enrolei o cabo da moto, o Vina e o Wnaderley fizeram o mesmo e disseram que o policial ficou gritando para voltarmos....fomos embora. Depois de todos esses inconvenientes já estava escuro e andamos uns 100 km no frio e por uma estrada que se alternava em terra , asfalto e desvios. Chegamos a Puno.
Ainda prefiro um dia ruim de viagem a um bom dia de trabalho

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