sábado, 29 de outubro de 2011

Vigésimo terceiro dia - Jujuy – Corrientes – 855 km

 

                                                                                                                                                                              


                                                                                                                                                          Ontem eu esqueci de contar um incidente relevante. Estávamos em um posto de gasolina quando chegamos em Jujuy quando parou do nosso lado uma Ranger cabine dupla novinha, não devia ter 1 ano de uso, com 2 mulheres de aproximadamente 45 anos na frente , uma menina muito bonita de uns 25 anos e uma criança de 7 anos no banco de trás. Elas começaram a perguntar da nossa viagem e dizer que era lindo o que estávamos fazendo mas que existiam muitos perigos, etc...etc... , pegou na minha mão e começou a me benzer, pediu a chave da moto e colou em uma cruz e fez uma oração, pediu uma coisa com números para benzer e eu peguei minha carteira para dar o cartão do seguro da moto mas quando abri minha carteira ela pegou o meu dinheiro e disse que ele servia, começou a fazer o sinal da cruz com ele varias vezes e me perguntar se era para o bem ou para o mal aquele dinheiro... Estendeu um lenço no colo e amarrou o dinheiro com 3 nós, me entregou o lenço com o dinheiro e disse para eu abrir só as 9 horas no hotel. Benzer dinheiro? Pegar da minha carteira sem pedir? Abrir o lenço só depois? Muito estranho né, chamei o Vinicius e pedi para ele abrir o lenço naquela hora e nisso a mulher pediu para  a motorista sair com o carro, subi no estribo da pickup e segurei forte o braço dela e disse “Espera”, ela olhou com cara de pânico pra mim e disse: “ Calma, calma, eu devolvo” Pegou o meu dinheiro que estava no sutiã dela e me devolveu, no lenço havia apenas jornal enrolado. Como pode né? Ainda pediu para eu devolver o lenço depois...rsrsrs, disse que não ia devolver e mandei ela ir embora. Bom mas vamos ao dia de hoje, saímos cedo para rodar os 855 Km, em uma  das paradas para abastecer alguns turistas quiseram tirar fotos com a gente e com as motos...Tudo estava muito tranqüilo até que depois de uns 500km olhei o pneu do Wanderley e o mesmo já estava quase no arame, nitidamente não daria para chegar no Brasil, com muita sorte chegaríamos em Corrientes. Na ultima parada o pneu já estava no arame o que tornou o ultimo trecho lento e perigoso já que o pneu podia estourar a qualquer momento, mas felizmente nada aconteceu e vamos procurar um pneu amanhã. (Se o pica pau tivesse me ouvido, nada disso teria acontecido). Mais uma dica: Para viagem longa saia com os Pneus novos pois é muito difícil achá-los fora do Brasil. Se o seu estiver meia vida, retire ele, coloque um novo e na volta da viagem o coloque novamente.

Vigésimo segundo dia - San Pedro de Atacama – Jujuy – 471km







                                                                                   Saímos cedo e fomos encarar a fila na aduana do Chile, chegamos por volta de 07:30hs e já devia ter por volta de 30 pessoas na nossa frente, as 08:30hs a fila já estava com mais de 100 pessoas, conseguimos sair dessa fila já eram mais de 09:30hs. O advogado da Sonda Chile nos encontrou na fila da Aduana e nos reconheceu pela logo da Sonda em nossas jaquetas, ele também estava de moto com uns amigos e batemos um papo enquanto a fila estava não andava, tiramos fotos e desejamos boa viagem a ele. A travessia da cordilheira é bonita, com direito a diferentes paisagens e boas curvas. Quando chegamos na aduana da Argentina foi tranqüilo, não tinha fila, mas decidimos ajustar as correntes das motos pois estavam com folga. Abri o banco da minha moto para pegar a ferramenta e deixei a chave na lateral da moto onde é a tranca do banco, depois das correntes ajustadas fui retirar a chave é para minha desagradável surpresa eu devo ter batido nela enquanto ajustava a corrente e ela estava completamente torta (como mostra a foto), a situação ficou delicada pois de tentasse desentortar poderia quebrá-la e não tinha reserva para continuar a viagem, então o Estácio deu a idéia de esquentarmos a chave para desentortá-la. Fomos até um caminhoneiro que estava fazendo comida no caminhão e pedimos para deixar usar o fogo dele, enquanto eu esquentava a chave embaixo da panela eu escutei um estouro e vi o fogo subir rapidamente e o Vina gritou vai explodir... Instintivamente voei para trás com a chave quente na mão e cai no chão e quando olhei a mangueira go gás tinha estourado e estava pegando fogo e o mesmo estava subindo até o botijão, tenso, mas o caminhoneiro fechou o gás e nada aconteceu, quase nada, pois quando ele foi arrumar a mangueira ele derrubou toda a comida no chão de terra sem querer, acho que ele deve ter colocado tudo de volta na panela e continuado a cozinhar... O importante é que dei umas pedradas na chave e ela “desentortou”, pelo menos o suficiente para ligar a moto. Seguimos sentido Jujuy e passamos no salar que fica na beira da estrada e tiramos fotos as quais dão essa ilusão de ótica. Vamos dormir aqui em Jujuy e tocar até Corrientes amanhã.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Vigésimo primeiro dia - San Pedro de Atacama






                                                                                          Acordamos as 03:30hs da matina pois os passeio saiu as 04:00hs... é mole? Pegamos um ônibus que levou 2 horas para chegar nos Gayzer, obviamente fomos dormindo no ônibus. Chegamos lá e a temperatura era de -10 graus, a menor temperatura que já peguei, como diz o Vina “é puxado”. Mas o espetáculo das águas quentes fez esquecermos do frio, ta bom, exagerei, não esquecemos do frio não, mas é muito interessante ver aquelas águas jorrarem da terra a mais de 200 graus e saber que estamos caminhando sobre placas onde tudo lá embaixo é água nessa temperatura. No termino do passeio podemos nos banhar em uma piscina natural onde a temperatura da água é de 37 graus, lembrando que a temperatura fora da água é de -10, o Vina e eu entramos na água...sensacional. Voltamos para o hotel e aguardamos o outro passeio para o Vale da Morte e Vale da Lua, muito legal esses lugares tb... Nossos passeios pelo Atacama se encerra aqui nessa viagem, amanhã atravessaremos as cordilheiras para Argentina

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Vigésimo dia - San Pedro de Atacama






Saímos as 08:30hs para conhecer as Lagunas altiplanicas, Essa agencia (limit extrem) disse que leva em umas lagunas que nenhuma outra agencia leva, se é verdade eu não sei, mas em algumas lagunas só tinha nossa van. O passeio é muito bacana e deu para tirar boas fotos, no passeio estava incluso café da manhã e almoço. O guia colocou umas musicas típicas bem alto na van e foi cantando e todo mundo batendo palma, assim o clima entre todos começou a massa!!! Ta certo que tinha francês, americano, brasileiro e chileno mas nos entendíamos no “Panholi” e no “Spanglish”. Quando passamos por um burro na estrada eu perguntei para o guia qual o nome desse animal aqui ele disse que era burro do campo e me perguntou como chamava no Brasil, disse que chamávamos de guia chileno, ele não gostou muito da brincadeira mas o resto da van gostou...rs... No almoço o Estácio não quis comer a sopa e justificou que não gostava de comer coisas liquidas, 2 chilenas a partir daí começaram a chamar ele de manhoso, mas quando veio o prato principal ele comeu tudo e as chilenas disseram que não gostaram e deixaram o prato na metade, essa foi a hora do Estácio encher o peito e devolver o apelido...rs. Não vou falar muito dos lugares pois acho que as fotos falam por si só... Amanhã vamos conhecer os Gayzer as 04:00hs da manhã....vixe!!!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Décimo Nono dia - San Pedro de Atacama



 
Hoje acordamos muito tarde pois estávamos cansado, acordamos umas 08:30hs (esses 2 são loucos) , tínhamos agendado o passeio para as 16:00hs, se acordássemos 15:50hs dava tempo de se trocar e esperar o ônibus. Achávamos que tudo aqui era carisso mas nos enganamos, estamos pagando R$ 37,00 por pessoa no hotel e almoçamos com R$ 14,00, tínhamos previstos R$ 60,00 de estadia e R$ 25,00 por refeição, é bom que sobra dinheiro para gastar no Paraguai...O ônibus partiu pontualmente as 16:00hs e nos levou para a laguna Cezar, é uma laguna que a água tem 75% de sal e você pode entrar que não afunda, até hoje eles não conseguiram medir a profundidade dessa laguna. A sensação é bem legal, você fica igual a um João bobo na água, isso só acontece aqui e no Mar Morto. Depois de 5 minutos que saímos da água, nosso corpo começou a ficar branco de sal, mas a próxima parada foi um poço de água doce no meio do deserto que pulamos para tirar o sal. Estava fria a água, por isso que o Vinicius só pulou 5 vezes. O final do passeio foi ver o por do sol de um ponto estratégico onde podemos ver o principal vulcão do Atacama mudar a tonalidade de cor. Passeio nota 10!!! Amanhã vamos fazer um passeio de dia todo para as lagunas altiplanicas.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Décimo Oitavo dia - Arica – San Pedro de Atacama - 812 Km

                                                                                                                                                                                                                                     As 05:00hs da manhã já estávamos com as motos ligadas e prontas para sair, ainda estava muito escuro pois aqui começa a clarear por volta das 07:00hs, tomamos um café no posto de gasolina (na verdade foi um cachorro quente as 05:30 da matina) e seguimos pela estrada escura porem cheia de olho de gato. Começamos subir uma serra e de uma hora para outra começou clarear rapidamente e quando percebemos estávamos em cima das nuvens, uma paisagem de dificilmente iremos esquecer, andamos acima das nuvens por um tempo e depois começamos descer outra serra e entrar nas nuvens mais uma vez, bom, esse entra e sai das nuvens de repetiu 2 vezes, esse trecho da estrada foi muito bacana. Após passarmos por Iquique começamos a costear o Pacifico, de um lado montanhas enormes de areia e pedra e do outro o Pacifico, não consigo descrever esse trecho da estrada, uma imagem vale mais que mil palavras. Essa estrada superou minhas expectativas, andamos com essa vista por cerca de 250km até chegar em Tocopila, mas antes o Vinicius deu uma cochilada na moto e quase compra um terreno no deserto, mas ele acordou a tempo. Nossa idéia era irmos até Antofagasta para vermos a mão do deserto, mas nos informaram que teríamos que rodar 400km a mais e decidimos ir direto a San Pedro do Atacama. Na saída de Tocopila encontramos um casal de brasileiros que estavam voltando do Atacama e nos indicou uma Hostal (Hostal Puritana) e nos informou que não tinha policia nesse ultimo trecho...eeeee...Esse ultimo trecho de Tocopila a San Pedro já é deserto e faz muito calor, perdemos um pouco o medo dos carabineiros e aceleramos um pouco para chegarmos claro em San Pedro. Chegamos por volta de 17:00hs e fomos direto para o Hostal Puritana onde nos fizeram um preço bem bacana e o Hostal é muito limpo e com um ambiente familiar. Fomos jantar e tomei a minha primeira garrafa de vinho da viagem, depois fechamos passeios para 3 dias inteiros aqui no Atacama... Agora a cama cheirosinha nos espera...

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Décimo Sétimo dia - Arica - 0 Km

Fomos dar uma volta na cidade e imprimimos a segunda via da carta verde do Wanderley, depois fomos olhando os preços das coisas aqui e percebemos que são baratas mesmo, começando vendo roupas e quando nos demos conta do horário percebemos que já estava chegando 12:00hs, conversamos e decidimos ficar por aqui hoje para descansar, comprar coisas e dar uma volta na cidade que é bonita. Arica é uma cidade litorânea que foi usada como ponto estratégico na gerra do Pacifico. Pegamos a moto e fomos até um mirante no alto da cidade, visitei um museu que fica nesse mirante e que tem todas as roupas, armamentos e utensílios usados na guerra do Pacifico e principalmente conta toda a historia (obviamente segundo a visão do Chile), o Vinicius e o Wanderley não quiseram entram no museu e optaram por ficar admirando a paisagem que é sensacional. Vamos dormir cedo pois amanhã pretendemos chegar a San Pedro de Atacama