sábado, 29 de outubro de 2011

Vigésimo terceiro dia - Jujuy – Corrientes – 855 km

 

                                                                                                                                                                              


                                                                                                                                                          Ontem eu esqueci de contar um incidente relevante. Estávamos em um posto de gasolina quando chegamos em Jujuy quando parou do nosso lado uma Ranger cabine dupla novinha, não devia ter 1 ano de uso, com 2 mulheres de aproximadamente 45 anos na frente , uma menina muito bonita de uns 25 anos e uma criança de 7 anos no banco de trás. Elas começaram a perguntar da nossa viagem e dizer que era lindo o que estávamos fazendo mas que existiam muitos perigos, etc...etc... , pegou na minha mão e começou a me benzer, pediu a chave da moto e colou em uma cruz e fez uma oração, pediu uma coisa com números para benzer e eu peguei minha carteira para dar o cartão do seguro da moto mas quando abri minha carteira ela pegou o meu dinheiro e disse que ele servia, começou a fazer o sinal da cruz com ele varias vezes e me perguntar se era para o bem ou para o mal aquele dinheiro... Estendeu um lenço no colo e amarrou o dinheiro com 3 nós, me entregou o lenço com o dinheiro e disse para eu abrir só as 9 horas no hotel. Benzer dinheiro? Pegar da minha carteira sem pedir? Abrir o lenço só depois? Muito estranho né, chamei o Vinicius e pedi para ele abrir o lenço naquela hora e nisso a mulher pediu para  a motorista sair com o carro, subi no estribo da pickup e segurei forte o braço dela e disse “Espera”, ela olhou com cara de pânico pra mim e disse: “ Calma, calma, eu devolvo” Pegou o meu dinheiro que estava no sutiã dela e me devolveu, no lenço havia apenas jornal enrolado. Como pode né? Ainda pediu para eu devolver o lenço depois...rsrsrs, disse que não ia devolver e mandei ela ir embora. Bom mas vamos ao dia de hoje, saímos cedo para rodar os 855 Km, em uma  das paradas para abastecer alguns turistas quiseram tirar fotos com a gente e com as motos...Tudo estava muito tranqüilo até que depois de uns 500km olhei o pneu do Wanderley e o mesmo já estava quase no arame, nitidamente não daria para chegar no Brasil, com muita sorte chegaríamos em Corrientes. Na ultima parada o pneu já estava no arame o que tornou o ultimo trecho lento e perigoso já que o pneu podia estourar a qualquer momento, mas felizmente nada aconteceu e vamos procurar um pneu amanhã. (Se o pica pau tivesse me ouvido, nada disso teria acontecido). Mais uma dica: Para viagem longa saia com os Pneus novos pois é muito difícil achá-los fora do Brasil. Se o seu estiver meia vida, retire ele, coloque um novo e na volta da viagem o coloque novamente.

Vigésimo segundo dia - San Pedro de Atacama – Jujuy – 471km







                                                                                   Saímos cedo e fomos encarar a fila na aduana do Chile, chegamos por volta de 07:30hs e já devia ter por volta de 30 pessoas na nossa frente, as 08:30hs a fila já estava com mais de 100 pessoas, conseguimos sair dessa fila já eram mais de 09:30hs. O advogado da Sonda Chile nos encontrou na fila da Aduana e nos reconheceu pela logo da Sonda em nossas jaquetas, ele também estava de moto com uns amigos e batemos um papo enquanto a fila estava não andava, tiramos fotos e desejamos boa viagem a ele. A travessia da cordilheira é bonita, com direito a diferentes paisagens e boas curvas. Quando chegamos na aduana da Argentina foi tranqüilo, não tinha fila, mas decidimos ajustar as correntes das motos pois estavam com folga. Abri o banco da minha moto para pegar a ferramenta e deixei a chave na lateral da moto onde é a tranca do banco, depois das correntes ajustadas fui retirar a chave é para minha desagradável surpresa eu devo ter batido nela enquanto ajustava a corrente e ela estava completamente torta (como mostra a foto), a situação ficou delicada pois de tentasse desentortar poderia quebrá-la e não tinha reserva para continuar a viagem, então o Estácio deu a idéia de esquentarmos a chave para desentortá-la. Fomos até um caminhoneiro que estava fazendo comida no caminhão e pedimos para deixar usar o fogo dele, enquanto eu esquentava a chave embaixo da panela eu escutei um estouro e vi o fogo subir rapidamente e o Vina gritou vai explodir... Instintivamente voei para trás com a chave quente na mão e cai no chão e quando olhei a mangueira go gás tinha estourado e estava pegando fogo e o mesmo estava subindo até o botijão, tenso, mas o caminhoneiro fechou o gás e nada aconteceu, quase nada, pois quando ele foi arrumar a mangueira ele derrubou toda a comida no chão de terra sem querer, acho que ele deve ter colocado tudo de volta na panela e continuado a cozinhar... O importante é que dei umas pedradas na chave e ela “desentortou”, pelo menos o suficiente para ligar a moto. Seguimos sentido Jujuy e passamos no salar que fica na beira da estrada e tiramos fotos as quais dão essa ilusão de ótica. Vamos dormir aqui em Jujuy e tocar até Corrientes amanhã.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Vigésimo primeiro dia - San Pedro de Atacama






                                                                                          Acordamos as 03:30hs da matina pois os passeio saiu as 04:00hs... é mole? Pegamos um ônibus que levou 2 horas para chegar nos Gayzer, obviamente fomos dormindo no ônibus. Chegamos lá e a temperatura era de -10 graus, a menor temperatura que já peguei, como diz o Vina “é puxado”. Mas o espetáculo das águas quentes fez esquecermos do frio, ta bom, exagerei, não esquecemos do frio não, mas é muito interessante ver aquelas águas jorrarem da terra a mais de 200 graus e saber que estamos caminhando sobre placas onde tudo lá embaixo é água nessa temperatura. No termino do passeio podemos nos banhar em uma piscina natural onde a temperatura da água é de 37 graus, lembrando que a temperatura fora da água é de -10, o Vina e eu entramos na água...sensacional. Voltamos para o hotel e aguardamos o outro passeio para o Vale da Morte e Vale da Lua, muito legal esses lugares tb... Nossos passeios pelo Atacama se encerra aqui nessa viagem, amanhã atravessaremos as cordilheiras para Argentina

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Vigésimo dia - San Pedro de Atacama






Saímos as 08:30hs para conhecer as Lagunas altiplanicas, Essa agencia (limit extrem) disse que leva em umas lagunas que nenhuma outra agencia leva, se é verdade eu não sei, mas em algumas lagunas só tinha nossa van. O passeio é muito bacana e deu para tirar boas fotos, no passeio estava incluso café da manhã e almoço. O guia colocou umas musicas típicas bem alto na van e foi cantando e todo mundo batendo palma, assim o clima entre todos começou a massa!!! Ta certo que tinha francês, americano, brasileiro e chileno mas nos entendíamos no “Panholi” e no “Spanglish”. Quando passamos por um burro na estrada eu perguntei para o guia qual o nome desse animal aqui ele disse que era burro do campo e me perguntou como chamava no Brasil, disse que chamávamos de guia chileno, ele não gostou muito da brincadeira mas o resto da van gostou...rs... No almoço o Estácio não quis comer a sopa e justificou que não gostava de comer coisas liquidas, 2 chilenas a partir daí começaram a chamar ele de manhoso, mas quando veio o prato principal ele comeu tudo e as chilenas disseram que não gostaram e deixaram o prato na metade, essa foi a hora do Estácio encher o peito e devolver o apelido...rs. Não vou falar muito dos lugares pois acho que as fotos falam por si só... Amanhã vamos conhecer os Gayzer as 04:00hs da manhã....vixe!!!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Décimo Nono dia - San Pedro de Atacama



 
Hoje acordamos muito tarde pois estávamos cansado, acordamos umas 08:30hs (esses 2 são loucos) , tínhamos agendado o passeio para as 16:00hs, se acordássemos 15:50hs dava tempo de se trocar e esperar o ônibus. Achávamos que tudo aqui era carisso mas nos enganamos, estamos pagando R$ 37,00 por pessoa no hotel e almoçamos com R$ 14,00, tínhamos previstos R$ 60,00 de estadia e R$ 25,00 por refeição, é bom que sobra dinheiro para gastar no Paraguai...O ônibus partiu pontualmente as 16:00hs e nos levou para a laguna Cezar, é uma laguna que a água tem 75% de sal e você pode entrar que não afunda, até hoje eles não conseguiram medir a profundidade dessa laguna. A sensação é bem legal, você fica igual a um João bobo na água, isso só acontece aqui e no Mar Morto. Depois de 5 minutos que saímos da água, nosso corpo começou a ficar branco de sal, mas a próxima parada foi um poço de água doce no meio do deserto que pulamos para tirar o sal. Estava fria a água, por isso que o Vinicius só pulou 5 vezes. O final do passeio foi ver o por do sol de um ponto estratégico onde podemos ver o principal vulcão do Atacama mudar a tonalidade de cor. Passeio nota 10!!! Amanhã vamos fazer um passeio de dia todo para as lagunas altiplanicas.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Décimo Oitavo dia - Arica – San Pedro de Atacama - 812 Km

                                                                                                                                                                                                                                     As 05:00hs da manhã já estávamos com as motos ligadas e prontas para sair, ainda estava muito escuro pois aqui começa a clarear por volta das 07:00hs, tomamos um café no posto de gasolina (na verdade foi um cachorro quente as 05:30 da matina) e seguimos pela estrada escura porem cheia de olho de gato. Começamos subir uma serra e de uma hora para outra começou clarear rapidamente e quando percebemos estávamos em cima das nuvens, uma paisagem de dificilmente iremos esquecer, andamos acima das nuvens por um tempo e depois começamos descer outra serra e entrar nas nuvens mais uma vez, bom, esse entra e sai das nuvens de repetiu 2 vezes, esse trecho da estrada foi muito bacana. Após passarmos por Iquique começamos a costear o Pacifico, de um lado montanhas enormes de areia e pedra e do outro o Pacifico, não consigo descrever esse trecho da estrada, uma imagem vale mais que mil palavras. Essa estrada superou minhas expectativas, andamos com essa vista por cerca de 250km até chegar em Tocopila, mas antes o Vinicius deu uma cochilada na moto e quase compra um terreno no deserto, mas ele acordou a tempo. Nossa idéia era irmos até Antofagasta para vermos a mão do deserto, mas nos informaram que teríamos que rodar 400km a mais e decidimos ir direto a San Pedro do Atacama. Na saída de Tocopila encontramos um casal de brasileiros que estavam voltando do Atacama e nos indicou uma Hostal (Hostal Puritana) e nos informou que não tinha policia nesse ultimo trecho...eeeee...Esse ultimo trecho de Tocopila a San Pedro já é deserto e faz muito calor, perdemos um pouco o medo dos carabineiros e aceleramos um pouco para chegarmos claro em San Pedro. Chegamos por volta de 17:00hs e fomos direto para o Hostal Puritana onde nos fizeram um preço bem bacana e o Hostal é muito limpo e com um ambiente familiar. Fomos jantar e tomei a minha primeira garrafa de vinho da viagem, depois fechamos passeios para 3 dias inteiros aqui no Atacama... Agora a cama cheirosinha nos espera...

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Décimo Sétimo dia - Arica - 0 Km

Fomos dar uma volta na cidade e imprimimos a segunda via da carta verde do Wanderley, depois fomos olhando os preços das coisas aqui e percebemos que são baratas mesmo, começando vendo roupas e quando nos demos conta do horário percebemos que já estava chegando 12:00hs, conversamos e decidimos ficar por aqui hoje para descansar, comprar coisas e dar uma volta na cidade que é bonita. Arica é uma cidade litorânea que foi usada como ponto estratégico na gerra do Pacifico. Pegamos a moto e fomos até um mirante no alto da cidade, visitei um museu que fica nesse mirante e que tem todas as roupas, armamentos e utensílios usados na guerra do Pacifico e principalmente conta toda a historia (obviamente segundo a visão do Chile), o Vinicius e o Wanderley não quiseram entram no museu e optaram por ficar admirando a paisagem que é sensacional. Vamos dormir cedo pois amanhã pretendemos chegar a San Pedro de Atacama

domingo, 23 de outubro de 2011

Décimo Sexto dia – Ayaviri – Arica - 814 Km




Saímos bem cedinho com destino a Arica, andamos por uma estrada muito bonita conforme mostra as fotos, aliais o que não esta faltando nessa viagem são estradas bonitas... Esperava uma viagem com retas intermináveis como nas outras que eu fiz, mas dessa vez esta muito diferentes, curvas e mais curvas com serras e lagos lindos. Paramos em Arequipa para abastecer e aproveitamos para almoçar em um shopping, comemos uma seleção de carnes na chapa que estava deliciosa, tinha frango, boi, lhama, porco e mais umas carnes diferentes. Tocamos a viagem até Tacna onde se encontra a fronteira do Peru com o Chile. Decidimos fazer a aduana hoje mesmo e dormir no Chile pois pelo que tinha pesquisado essa aduana era muito burocrática, e de fato é, demoramos em torno de 1,5 / 2horas para conseguir atravessar, tivemos que tirar todas as malas das motos e passar por um raio x para ver se não estávamos levando droga ou contrabando, antes de passar a mala já avisei que tinha chá de coca ma bagagem mas eles informaram que chá não era proibido. Após carimba aqui e carimba lá, chegamos por volta de 21:15 em Arica onde encontramos com dificuldade um hotel, fizemos a reserva e saímos para jantar no Mac Donalds. Fizemos a besteira de ir de moto, aqui todas as ruas parecem que são contra mão para onde você precisa ir, a principio era impossível chegar no Mac Donalds de moto, depois de rodarmos um pouco e chegarmos bem perto dele eu decidi pegar uma rua de 30 metros contra mão pois não agüentava mais rodar com fome, tinha um casal bem na esquina dessa rua que me indicou com fazia pra chegar lá, quando olhei para trás não vi mais o Vinicius e o Wanderley e pensei, vou até o Mac e espero eles lá pois estávamos indo pra lá. Cheguei, pedi meu lanche e sentei para esperar eles, após uns 15 minutos eles chegaram mas o Mac Donalds já estava fechado e eles não conseguiram comer, eles demoraram pois decidiram deixar a moto no hotel e vir apé. Eles acabaram comendo um queijo que tinham levado do Peru  com refrigerante que compraram no hotel. Vamos dormir que amanhã pretendemos fazer umas compras por aqui pois nos informaram que aqui é zona franca e precisamos imprimir a segunda via da carta verde do Wanderley

sábado, 22 de outubro de 2011

Décimo Quinto dia – Ollantaytambo – Ayaviri – 280 Km

                                                                                                                  Antes das 06:00hs da manhã o Estácio começou a bater no meu quarto para me acordar, mesmo sabendo que estávamos a 1 hora de Cuzco , que a moto do Vinicius só iria ficar pronta as 11:00hs e que ontem tivemos um dia pesado de caminhada como descrito no blog.
Sendo assim, virei para o lado e dormi até as 08:30hs, pois se saíssemos cedoficaríamos esperando na concessionária com toda a roupa de moto então achei melhor espera embaixo da cobertas... Chegamos em Cuzco por volta das 10:40 e de fato a moto não estava pronta, só ficou pronta as 13:00hs, pelo menos ficou 100% agora...Saímos rumo a Arequipa, onde constava em nossos planos um trajeto de 280km, porem descobrimos que esse trajeto era todo de terra e que todos que perguntávamos disseram para não seguirmos por lá, então seguimos o trajeto tradicional que é ir até Juliaca e de lá seguir para Arequipa. Em uma das paradas para consultar esses caminhos quando o Estácio foi ligar a moto dele o alarme disparo e não parava de tocar nem com a reza dos Incas, então fomos obrigados a tirar o alarme da moto dele, parecia que estávamos desativando uma bomba, eu falava para cortar o fio vermelho, Estácio para cortar o fio cinza e o Vina para cortar o fio branco, na duvida cortamos todos e o silencio surgiu, mas a moto não pegava, depois de uns 15 minutos descobrimos que ela não pegava pq estava engatada, putzzzz. Como já estava escurecendo e percebemos que não conseguiríamos chegar hoje decidimos dormir em Ayaviri. No hotel o Vinicius e o Wanderley me informaram que não queriam atrasar a viagem e propuseram que diminuíssemos dias de passeio afim de chegarmos em São Paulo antes do ultimo dia de férias 08/11 , a principio não concordei, depois pensei melhor e lembrei que só iriamos passar por Santiago, Mendoza e Buenos Aires para eles conhecerem pois eu já tinha passado em viagens anteriores e propus que voltássemos pelo passo de Jama,, que fizéssemos todos os passeios do Atacama e parássemos em Foz para eu fazer as compras no Paraguai. Eles aceitaram e vamos tocar a viagem juntos. Pessoal, parece básico, mas fica a dica, rodar 10.000km não é o mesmo que um passeio de 100km, a moto precisa estar impecável pois fora do Brasil é complicadíssimo achar peças e a viagem corre um sério risco de acabar diferente do planejado, seja por atraso ou por impossibilidade de segui-la.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Décimo Quarto dia – Machu Picchu




Acordamos as 05:00hs da matina e fomos caminhando para estação de trem, já tínhamos os passagens compradas então foi só embarcar. O trem leva cerca de 1,5 horas para chegar em Águas Calientes de ontem pegamos um ônibus que nos levou até a entrada do parque de Machu Picchu, contratamos um guia que nos conduziu por cerca de 2 horas nos explicando a origem e para que servia cada ruína e como foram feitas, a historia é impressionante.
As 10:00hs ela nos deixou na entrada para subir Wayna Picchu ( aquela montanha maior que vemos nas fotos padrões de Machu Picchu). A subida é punk, levamos cerca de 1 hora e 20 minutos subindo degraus altos e estreitos sobre penhascos, tem um ponto que vc precisa subir por uma corda e outro que tem que passar por uma gruta, é bem precária a subida, mas a vista é recompensadora, o Céu estava limpo e podemos avistar Machu Picchu por um anglo privilegiado e tiramos boas fotos. Eu só não reclamei mais da subida pois o Estácio (Wanderley) tem 61 anos e subiu na minha frente com a calça e a jaqueta de moto sob um calor forte e por incrível que parece sem reclamar....rsrsrs. Ficamos por volta de 2 horas lá em cima e o segurança disse que tínhamos que descer. Fiquei imaginando os seguranças que tem que subir e descer aquilo todos os dias...e os Incas então? Como faziam quando tinham que ir na padaria comprar pão? Vai saber... Descemos em cerca de 1 hora todos os degraus e chegamos bufando a Machu Picchu novamente onde conseguimos tirar mais algumas fotos mas agora com o céu aberto. Ensinei ao Vina como se tira aquelas fotos que parece que estou voando e que todos pensam que é montagem e pela foto parece que ele aprendeu direitinho, até o Wanderley conseguiu tirar uma foto quando eu estava saltando de longe... A experiencia de Machu Picchu foi muito boa, a energia que tem aqui é muito forte, vale a pena vir aqui e admirar essa historia e esse lugar. Pegamos o ônibus para Águas Calientes, depois o trem para Ollantaytamo e fomos caminhando até o hotel.
Amanhã temos que pegar a moto do Vinicius em Cuzco

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Décimo Terceiro dia – Puno – Ollantaytambo 440 Km

Saímos cedinho de Puno, abastecemos as motos e antes que as mesmas esquentassem já fomos parados pelos guardas Peruanos. Pediram carteira de habilitação, documento da moto e seguro swat (esse nos não tínhamos pois disseram que não é necessário) , papo vai, papo vem , os policiais disseram que iriam  apreender as motos pois estavam irregulares, mostrei minha carteirinha do BB Seguro e disse que tinha cobertura no Peru, a palocial entrou na Internet pelo celular dela para consultar enquanto isso o policial já tinha colocado preço para o Estacio para podermos irmos embora com as motos...negociamos de aproximadamente R$ 1000,00 para R$ 40,00 e fomos embora. Se vierem pra cá já sabem, façam a carta verde com cobertura no Peru. Tocamos até Cuzco onde encontramos uma concessionária Honda para trocar o óleo das motos e verificar a corrente da moto do Vinicius que esta fazendo barulho, isso mesmo. Depois de trocar o pinhão o problema agora é a corrente. Compramos a corrente na especificação que o mecânica pediu 525 e ele cortou a corrente da moto do Vinicius para trocar a relação, mas quando foi colocar a corre nte 525 descobriu que na verdade a especificação era 530 mas que essa medida não havia em Cuzco. Agora estávamos com a corrente cortada, sem outra para colocar e tudo comprado e reservado para Machu Picchu amanhã. O mecânico estava desesperado pois sabia que tinha nos prejudicado... Conversamos com a dona da loja e ela encomendou uma corrente de Lima e solicitou que viesse de avião, mas ela só chega depois de amanhã as 11:00hs. A solução foi o Vinicius subir na garupa do Estácio e irmos em 2 motos para Ollantaytambo, pois amanhã as 05:40 devemos estar na estação de trem. Mais uma vez andamos uns 80km a noite e com frio para chegar em Ollantaytambo.

Se o pica pau tivesse me ouvido, nada disso teria acontecido

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Décimo Segundo dia – Puno – 0Km

Hoje fomos conhecer as ilhas flutuantes (Uros) , Essas ilhas são ilhas artificiais que os peruanos fizeram com plantas da região no Lago Titicacá. O passeio é legal e o presidente da ilha conta todas a historia de como são feitas as ilhas e como é o dia a dia deles. Depois desse passeio os Vina e o Estácio ( Estácio é o dono do cão Coragem do desenho e dei esse apelido ao Wanderley pois ele anda meio resmungão...rs) foram trocar o pinhão da moto e eu fui fazer o passeio para as ruinas de Sillustani. No passeio ouvi bastante da historia dos pré incas,  vi paisagens bonitas e segundo crença revigorantes.  Nos encontramos no hotel e descobri que finalmente o pinhão da moto do Vinicius tinha sido trocado...aleluia!!!!
Amanhã vamos para Ollantaytambo

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Décimo Primeiro dia – La Paz – Puno – 280Km

Acordei com um mal estar tremendo, nunca me senti tão mal em toda minha vida, minha cabeça latejava, meu estomago doía, estava enjoado, com a boca seca, não conseguia nem respirar direito. Levantava da cama e andava 2 metros parecia que tinha corrido a São Silvestre. Desci na recepção e quando a recepcionista olhou para minha cara estalou os olhos e disse vamos à farmácia (eu não devia estar com uma aparência muito boa), chegando na farmácia a farmacêutica disse que eu estava com o mal da montanha ( doença que dá quando não esta acostumado com a altitude) ela me deu um comprimido de coca ( feito da folha de coca) e mandou eu colocar embaixo da língua, eita bagulho ruim e ainda por cima não resolveu nada...voltei para o hotel e o Vinicius e o Wanderley já haviam chegado com o bendito pinhão e queriam ir embora. Bom, falei como estava me sentindo e pedi 1 hora para ver se me melhorava, não melhorou e decidi seguir viagem assim mesmo pois estávamos com o roteiro atrasado por causa do problema na moto. Para vocês terem uma idéia como eu estava, quem arrumou as minhas malas, desceu elas, colocou na moto, tirou a moto da garagem e colocou na rua foram eles, eu só subi na moto com muita dificuldade e peguei a estrada. Paramos para abastecer e fui a passos lentos na farmácia onde a mina me deu um comprimido que tinha umas montanhas desenhadas na caixa. Depois de uns 100km e 3 paradas para eu tomar água eu comecei a melhorar (não sei se por causa do remédio ou da altitude que estava diminuindo) Para chegar em Puno atravessamos as motos em uma espécie de balsa e quando chegamos do outro lado e andamos cerca de 30km encontramos a estrada fechada por manifestantes, tentamos furar o bloqueio mas não conseguimos, nos informaram que havia um desvio pela terra, 40km de terra +/- . Pegamos esse desvio e após os 40km tinha uma placa de bem vindos ao Peru e uma corrente da pista. Paramos e saíram dois guardas que nos atenderam com muita educação e nos informou que existia uma aduana a uns 15km dali onde poderíamos fazer todos os tramites. Fomos até lá e quando chegamos a policia aduaneira peruana pediu para encostarmos as motos e entregasse os documentos, solicitou uns documentos a mais que não tínhamos (pois não é necessário) e disse que podia nos aplicar uma multa de cerca de R$ 400,00 por moto mas que não ia fazer se colabora$$emos com ele. Tentamos argumentar e enquanto isso ele estava com os documentos na mão e viu que não tínhamos dado entrada no Peru e disse que estávamos ilegais no pais e que poderíamos ser presos. Falei que estava fazendo essa viagem com o objetivo de fazer uma reportagem para uma emissora de TV do Brasil e que não seria legal todos saberem de como os brasileiros eram tratados na fronteira do Peru, ele pensou um pouco e permitiu que fossemos até a Bolivia (100 metros a frente) fazer a saída e depois a entrada no Peru e que depois voltássemos a conversar. Fizemos a saída e a entrada e quando passamos na frente deles novamente nem olhei para o lado e enrolei o cabo da moto, o Vina e o Wnaderley fizeram o mesmo e disseram que o policial ficou gritando para voltarmos....fomos embora. Depois de todos esses inconvenientes já estava escuro e andamos uns 100 km no frio e por uma estrada que se alternava em terra , asfalto e desvios. Chegamos a Puno.
Ainda prefiro um dia ruim de viagem a um bom dia de trabalho

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Décimo dia – La Paz – 68 km (Bike)


A Van foi no buscar no hotel as 8 da manhã e nos levou a 5 mil metros de altitude. Recebemos todos os equipamentos tiraram as bikes de cima da Van e nos deram as instruções, mas ninguém escuta né. Descemos os primeiros 21km de asfalto aproximadamente 70 KM/H “que loucura”. O freio era apenas um acessório opcinal que não utilizamos nesta parte do percurso. A vista era maravilhosa e a descida emocionante. Quando chegamos no trecho de terra que era a estrada da morte propriamente dita, estava chovendo, mas cavera que é cavera não se intimida com pequenos obstáculos colocados que são colocados no caminho , que são muitas curvas fechadas em uma estrada com penhascos com uma estrada de pedra molhada, onde qualquer erro pode ser falta “perder a vida”, em que já morreram muita gente nesta estrada. E que o guia contava onde haviam morridos as pessoas para ver se paramos de correr. Após o primeiro trecho de serra o tempo abriu e a diversão aumentou. Descíamos em uma velocidade aproximadamente 50 km/h. O Vinicius caiu 3 vezes e por sorte as 3 vezes foi para o lado da montanha caso contrario a viagem teria acabado (PARA ELE PELO MENOS). A aventura foi simplesmente fantástica. A vontade que da é descer novamente na seqüência com mais adrenalina. No final do passeio a Van nos leva a um hotel com piscina e refeição tudo incluso no custo do passeio. Voltamos para o Hotel para descansar pois amanhã vamos para o Peru “Puno”. So um detalhe estamos sem o PINON ainda. Amanhã pegaremos ele.
Se o Pica-Pau tivesse me ouvida e feito revisão na moto nada disso teria acontecido.